
2º Seminário Brasileiro sobre Chemsex
Evento dedicado a discutir saúde pública, direitos humanos e redução de danos no contexto do uso sexualizado de substâncias (chemsex | sexo aditivado). O seminário busca desmistificar práticas, enfrentar estigmas e propor respostas coletivas que promovam cuidado, prazer e inclusão social de populações em maior vulnerabilidade.
O II Seminário Brasileiro de Redução de Danos no Uso Sexualizado de Substâncias (Chemsex | Sexo Aditivado) será realizado de 5 a 7 de dezembro de 2025, em São Paulo (SP). A iniciativa é promovida pelo Instituto Multiverso em parceria com Impulse-SP, APEOESP, Conselho Regional de Psicologia, ABRAMD, ONG Concidadania, e conta com o apoio do Fundo Positivo e da Synapsis+.
O evento marca um ponto de encontro crucial para discutir práticas, políticas e estratégias de redução de danos no contexto do uso de substâncias (drogas) durante o sexo, respondendo à crescente necessidade de abordar o sexo aditivado (chemsex) sob a perspectiva da saúde pública, dos direitos humanos e da inclusão social. O objetivo é desmistificar o fenômeno e fornecer ferramentas para aprimorar o acolhimento, o cuidado e o suporte às pessoas que praticam.
O seminário propõe um espaço de escuta, diálogo e construção conjunta entre ciência, política e vivências, valorizando a diversidade de olhares sobre o uso sexualizado de substâncias. Busca compreender o chemsex não apenas como um fenômeno de risco, mas também como uma experiência humana complexa, atravessada por prazer, vulnerabilidade, estigma e desigualdades sociais.
A proposta é reunir profissionais da saúde, pesquisadores, gestores públicos, ativistas e pessoas com experiências diretas, fomentando um debate plural e ético sobre saúde integral e direitos humanos. O encontro será um ponto de convergência entre profissionais de saúde, ativistas, gestores, pesquisadores e pessoas LGBTQIAPN+, pessoas vivendo com HIV, trabalhadoras(es) sexuais, travestis, pessoas trans e outros grupos em situação de maior vulnerabilidade social, fortalecendo um diálogo sensível e baseado em evidências.
O evento nasce da urgência de debater o chemsex a partir de uma perspectiva de saúde pública e direitos humanos, enfrentando o moralismo, a desinformação e o estigma que ainda cercam o tema. Nesse sentido, o seminário reafirma o compromisso com o direito ao prazer, à autonomia e à saúde integral, princípios que orientam as políticas de redução de danos e o cuidado em liberdade.
Em um país onde as políticas sobre drogas ainda se sustentam em práticas repressivas e punitivas, este seminário se constitui também como um ato político e afirmativo. Um gesto de resistência e de promoção da vida, da liberdade e da diversidade.
Detalhando para você
A importância de um evento como esse
Em tempos de polarização e moralismos, o 2º Seminário Brasileiro sobre Chemsex reafirma a necessidade de falar sobre prazer, drogas e sexualidade de forma responsável, baseada em ciência e em direitos humanos. É um evento que aproxima saberes científicos e experiências comunitárias, impulsionando novas perspectivas sobre o cuidado, a prevenção e a saúde mental. O encontro se torna um espaço seguro para trocas sinceras sobre temas sensíveis, promovendo aprendizado mútuo, solidariedade e inspiração. Mais do que um evento técnico, o seminário é um convite a repensar o prazer e o cuidado como dimensões inseparáveis da saúde.
A metodologia do evento será dinâmica, participativa e interdisciplinar. A programação combina mesas de debate, apresentações, oficinas práticas, rodas de conversa e bate-papos interativos, criando um ambiente de troca horizontal e diálogo genuíno entre diferentes saberes. Além disso, o seminário contará com uma exposição de trabalhos científicos, acadêmicos e comunitários, valorizando tanto a pesquisa formal quanto as experiências de campo. Essa abordagem integradora busca promover uma vivência formativa e afetiva, na qual o conhecimento é construído coletivamente, com respeito, empatia e escuta ativa.
Metodologia
Temas centrais
O seminário abordará temas que atravessam o debate contemporâneo sobre o uso sexualizado de substâncias, saúde e direitos humanos, incluindo:
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Prazer, desejo e vulnerabilidade em contextos de chemsex;
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Saúde mental, autocuidado e estratégias de acolhimento;
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Estigma, discriminação e desafios do acesso aos serviços;
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Políticas públicas, redução de danos e cuidado comunitário;
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Convergências entre ciência, arte, tecnologia e afeto;
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Sexualidade, liberdade e direitos humanos como pilares de cuidado integral.
A logo do 2º Seminário Brasileiro sobre Chemsex une três elementos: a metade de uma lâmpada, a molécula da serotonina e a metade de um cérebro. A lâmpada representa as ideias e reflexões que emergem de um espaço de diálogo e aprendizado como o seminário; o cérebro remete à saúde mental e às dimensões cognitivas e emocionais envolvidas no uso sexualizado de substâncias; e a molécula de serotonina simboliza o prazer e a busca por bem-estar, que, quando desequilibrados, podem levar ao uso abusivo. Juntas, essas imagens sintetizam a proposta do evento: iluminar caminhos para compreender o prazer, cuidar da mente e promover a redução de danos como princípio de liberdade, empatia e transformação social.
A logomarca
História e contexto do chemsex
O uso sexualizado de substâncias (drogas), conhecido como chemsex ou sexo aditivado, tem raízes culturais e históricas profundas, ligadas à busca humana por prazer, expansão da consciência e conexão. Desde as civilizações antigas, substâncias diversas eram utilizadas em rituais religiosos, práticas espirituais e experiências coletivas de êxtase, muitas vezes associadas à sexualidade e à transcendência.
Com o passar dos séculos, e especialmente a partir do século XX, o consumo de substâncias foi sendo criminalizado. O endurecimento das políticas de drogas, intensificado pela chamada “guerra às drogas”, transformou práticas antes comunitárias e simbólicas em temas de repressão, medo e estigma, silenciando suas dimensões humanas, sociais e afetivas.
Nas últimas décadas, o fenômeno passou a ganhar maior visibilidade em contextos urbanos e digitais, impulsionado pelo avanço das tecnologias e aplicativos de encontro, sobretudo entre pessoas LGBTQIAPN+, pessoas vivendo com HIV, trabalhadoras(es) sexuais, travestis e pessoas trans, entre outras populações historicamente marginalizadas. Nesses espaços, o chemsex expressa desejos de pertencimento, liberdade, prazer e intimidade, mas também revela contextos de solidão, vulnerabilidade e exclusão social.
Estudos científicos recentes indicam que o chemsex pode estar associado ao aumento de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV e sífilis, bem como a impactos significativos sobre a saúde mental, incluindo ansiedade, depressão, dependência química e isolamento. No entanto, reduzir o fenômeno ao risco seria um erro: o chemsex é também uma experiência social e afetiva complexa, que envolve corpo, desejo, política e subjetividade.
Ao mesmo tempo, novas pesquisas vêm ressignificando o olhar sobre o uso de substâncias, explorando o potencial terapêutico de compostos antes criminalizados, como psilocibina e cetamina, no tratamento de depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e dependência química. Essa reinterpretação científica reforça a necessidade de abordagens menos moralistas e mais baseadas em evidências, reconhecendo que redução de danos também é cuidado, ciência e empatia.
O II Seminário Brasileiro de Redução de Danos no Uso Sexualizado de Substâncias propõe justamente esse olhar ampliado: compreender o chemsex para além do perigo e do tabu, reconhecendo nele uma expressão da complexidade dos desejos humanos e das desigualdades que moldam a experiência sexual contemporânea — e propondo respostas que acolham, escutem e não punam.
Inscrições
Data: 5, 6 e 7 de dezembro de 2025
Local: São Paulo (local específico será divulgado em breve)
Participação: Gratuita
Público-alvo: Profissionais de saúde, pesquisadores, influenciadores e demais interessados
Capacidade: Espaço aberto para um número limitado de participantes presenciais
Como estamos comprometidos
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Fotos
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