
Bicha Posithiva
O Bicha Posithiva é uma iniciativa do Instituto Multiverso em parceria com a ONG internacional MPact Global Action, voltada a homens gays e bissexuais, cis ou trans, vivendo com HIV. O projeto promoveu encontros presenciais em Recife e São Paulo, criando espaços seguros para fortalecer a autoestima, combater o estigma e promover o direito à sexualidade após o diagnóstico. Com workshops, atividades interativas e ações culturais, o projeto mobilizou redes de afeto, autocuidado e advocacy, impulsionando a formação de lideranças e o engajamento comunitário.
O projeto teve como base encontros intensivos de um dia, com atividades sensíveis e potentes como “Renomeando o Vírus”, “Corpografia” e rodas de conversa sobre sexualidade, tratamento e autocuidado. Em Recife (18/05/24) e São Paulo (25/05/24), os participantes foram convidados a refletir sobre suas vivências corporais, afetivas e sociais após o diagnóstico de HIV, transformando a dor do estigma em potência coletiva. Essas dinâmicas promoveram escuta, conexão e elaboração simbólica dos impactos do HIV nas trajetórias individuais.
Além das oficinas, cada cidade sediou uma confraternização noturna em espaços historicamente significativos para os movimentos negros e LGBTQIA+, reforçando a ideia de pertencimento e celebração da vida. Os encontros também contaram com rodas de conversa com especialistas em saúde, ativistas e profissionais da área da sexualidade, promovendo acesso à informação segura e diálogo sobre direitos sexuais e reprodutivos.
A iniciativa teve ainda como eixo a formação de lideranças comunitárias. Ao longo das atividades, foram identificadas e incentivadas pessoas com potencial de mobilização, que passaram a atuar como multiplicadoras em suas redes. O projeto também apostou em estratégias de visibilidade por meio da produção de conteúdos digitais e ensaios fotográficos que celebram a diversidade de corpos e vivências das pessoas vivendo com HIV, com foco em uma futura exposição.
Algumas imagens
Detalhes
Objetivos
O Bicha Posithiva buscou combater o estigma relacionado ao HIV e à orientação sexual por meio do fortalecimento de comunidades, promoção do bem-estar integral e valorização da diversidade masculina. Seus objetivos incluíram: fomentar o autocuidado, capacitar lideranças locais, criar grupos de apoio e ampliar o acesso à informação e aos serviços de saúde e justiça para homens gays e bissexuais vivendo com HIV.
Este projeto é fundamental porque responde a uma demanda real por acolhimento, visibilidade e empoderamento de homens gays e bissexuais vivendo com HIV, um grupo historicamente marginalizado e invisibilizado. Ao integrar saúde, afeto, arte e política, o Bicha Posithiva promoveu a reconstrução de narrativas, a descolonização dos corpos e o fortalecimento da autoestima, mostrando que viver com HIV não é o fim da sexualidade, mas o início de uma nova forma de existir com liberdade, dignidade e prazer.
Por que é importante
Como funcionou
O projeto foi realizado em duas cidades – Recife e São Paulo – com oficinas gratuitas, transporte e alimentação custeados. As atividades ocorreram durante o dia e foram seguidas por eventos sociais noturnos. Cada oficina teve estrutura participativa, com rodas de conversa, dinâmicas corporais, debates com especialistas e momentos de partilha coletiva. Além disso, o projeto teve registro fotográfico profissional para fins de documentação e mobilização futura.
A comunicação foi conduzida de forma estratégica e sensível, com divulgação digital por meio das redes sociais do Instituto Multiverso e campanhas direcionadas ao público-alvo. O conteúdo produzido destacou as vozes de pessoas vivendo com HIV, priorizando narrativas afirmativas e plurais. A presença digital foi pensada como ferramenta de advocacy e fortalecimento das redes de apoio, e contou com materiais visuais de qualidade e linguagem acessível.
Comunicação
Exposição fotográfica
Durante o projeto, foram realizados ensaios fotográficos com os participantes, registrando de forma sensível e respeitosa suas expressões, corpos e afetos. As imagens captadas visam compor uma futura exposição artística e documental que celebre a pluralidade de experiências de homens vivendo com HIV no Brasil. A iniciativa busca ampliar o debate público e gerar empatia por meio da arte, reforçando a importância da visibilidade positiva e da memória coletiva.
Material de comunicação

Feira Cultural da Diversidade
Em 30 de maio de 2024, o projeto marcou presença com um estande vibrante na Feira Cultural da Diversidade, parte da programação oficial da Parada LGBTQIA+ de São Paulo. O espaço ofereceu materiais educativos, insumos de prevenção, rodas de conversa, mini-palestras e uma área instagramável inspirada em programas como “MTV Erótica” e “Amor e Sexo”. A atividade foi conduzida por jornalistas e ativistas, reunindo jovens, artistas, profissionais da saúde e representantes do governo em torno de temas como saúde sexual, autocuidado e redução de danos
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